O duplo milagre no Louvre de Paris

No ano 1667, deram-se dois grandes milagres no Louvre, em Paris, operados pelo Santíssimo Sacramento: Extinguiu-se um grande incêndio e converteu-se um renitente calvinista.

O conde de Turene era o homem mais estimado por Luís XIV, pela sua honestidade, seu brio e seu coração de general. Mas, infelizmente, era calvinista.

A admirável eloqüência de Bossuet, que tudo fez pra conquistar esta alma para a religião de Jesus Cristo, ficou sem efeito.

A maior dificuldade para ele abraçar a religião católica, era o dogma da presença real de Jesus na Eucaristia.

Não podia negar que essa doutrina era admirável, bela e cheia de consolações para a alma cristã, mas… Faltava-lhe fé.

Felizmente não recusava a oração e pedia como o cego de Jericó: “Senhor, fazei com que eu veja”.

Deus que não despreza uma oração humilde, por força havia de atender esse pedido, e atendeu-o com um grande milagre.

Estava Turene certo dia conversando com o senhor Bispo Bossuet sobre a santa religião. De repente ouviram o alarme de um incêndio. Era a galeria que liga o Palácio do Rei, as Tulherias, que estava em chamas.

Os dois palácios com as imensas riquezas em objetos de arte estavam em perigo. De toda parte acudiam para abafar o fogo.

Turene em pessoa dirigia os serviços com a melhor das suas atividades, mas nada conseguiu. Uma forte ventania aumentava as chamas, que se tornavam irresistíveis.

O Bispo viu o grande perigo e a impossibilidade de dominar o fogo com forças humanas, então se lembrou de recorrer àquele que impera sobre os ventos e mares.

Correu a capela, tirou o Santíssimo e apareceu com a santa hóstia do lado oposto da galeria.

Ao som da sineta, abriu-se uma passagem: o Bispo aproximou-se do fogo, levantou a Santa Hóstia e deu a benção às chamas infrenes.

E eis que se operou o grande milagre: o vento amainou, as labaredas diminuíram: o fogo se apagou.

À vista deste estupendo milagre, todos caíram de joelhos e entoaram o “Te Deum Laudamus”.

Também Turene foi vencido pela graça.Ajoelhou-se e adorou com fé e ardor a seu deus realmente presente na Hóstia Santa.

Desde então, tornou-se católico e tinha grande prazer em visitar a Jesus Sacramentado.

Peçamos a Jesus na Santíssima Eucaristia queira também apagar as chamas do purgatório e aliviar as benditas almas nas suas penas, para que elas conosco o adorem e louvem eternamente.

Lourdinha Salles e Passos Paróquia São Francisco Xavier – Niterói, 2003-09-5.

Livro cedido pela minha dileta amiga Geralda Maia, de Caxambu – M.G. 2003-09-17

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