A BÍBLIA ATRAVÉS DA HISTÓRIA E DA GEOGRAFIA

Parte I

A Palestina, país de Israel, está situada no divisor de águas entre a África, Ásia e Europa, assim sendo, por estar justamente no meio destes continentes, se tornou motivo de disputas muito antes do nascimento de Jesus. Esta faixa de terras que se alonga nas margens do Rio Jordão e do mar Morto, tem os mais diversos climas reunidos num só, sempre há neve nos picos das montanhas, no inverno e no verão o calor é tropical, então a vegetação é contrastante.

A Galiléia é próxima ao lago de Genesaré, que é por nós conhecido como Mar da Galiléia. Era uma região de estrangeiros, faz divisa com a Samaria, por volta do ano 700 a.C os Assírios destruíram o reino setentrional do qual faziam parte estas duas localidades, assim após a deportação das cidades que faziam parte deste reino, foram muitos os da Síria e da Mesopotâmia que se assentaram na Samaria como foram se adaptando aos judeus absorveram muito da religião, contudo conservavam certos costumes de seu próprio povo, o que não era aceito pelo povo judaico que os consideravam como pagãos.

Uma parte da Palestina era a Judéia, convém observar que para os romanos Judéia era a Palestina inteira. Ao contrário das cidades já apresentadas, o clima desta era rigoroso, um deserto com alguns poucos oásis, não conseguia devido a dureza ser uma cidade receptiva nem tinha abundância de frutos. Jericó era uma cidade agradável de águas quentes e muitas palmeiras, um verdadeiro oásis onde os peregrinos descansavam antes de seguir viagem até Jerusalém, o povo era de conhecido paganismo.

Uma história de 150 anos tornara Jerusalém uma cidade especial, localizada próxima às montanhas, era basicamente um grande forte. Durante as lutas, os inimigos que observavam suas montanhas sentiam-se amedrontados. Num dos declínios de Jerusalém, após os combates e tendo vencido os romanos, estes após assassinarem sacerdotes judeus ainda na atuação do rito sagrado, decidiram profanar o “local santo” onde somente os consagrados tinham acesso. Havia comentários de que os judeus adoravam um Deus estranho que estaria naquele local, contudo, surpresos, ao abrirem a cortina do lugar, abismados não encontraram absolutamente nada, pois ali era o local onde aconteciam as orações e os colóquios particulares com Deus.

Por volta do ano 1200 a.C, recebeu o nome de Israel (um povo), um conjunto de hebreus, assim iniciou a fé num único Deus “JHWH”(palavra grega que significa: Aquele que é), num mundo politeísta. E aproximadamente no ano 500 a.C. devido a cultura dos povos por onde os judeus passaram, adorarem falsos deuses, Moisés proibiu que adorassem a natureza como se fosse um deus, e que construíssem qualquer imagem para demonstrar JHWH. Contudo, a designação de Deus que se usava era Adonai, e que único motivo claro de culto era uma arca (a da aliança) com grandes querubins esculpidos sobre ela. Querubins, plural da palavra querubo que significavam as forças da natureza submissas a Deus. Então devido a proibição feita por Moisés, adotava-se o nome JHWH com as vogais de Adonai sob as letras, de onde derivou o nome Jeová, que foi usado de forma errada por algum tempo, e hoje algumas denominações religiosas o repetem.

Moisés teve uma missão muito além do que o nosso entendimento de hoje pode supor. Ele teve por fidelidade a Deus que guiar um povo rebelde, num mundo onde o paganismo era natural e haviam ritos e sacrifícios para agradar a deuses, e eles não compreendiam esta nova religião onde Deus queria tão somente que seu povo escutasse a sua voz. Então, em cada momento que alguma coisa não os fizesse contentes, a superstição tomava conta do ambiente, como no fato de que quando escreveu as tábuas da lei, o povo fez um bezerro de ouro para adorar. E ele levou o povo até Canaã (nome que designava a Palestina) a cidade prometida, e assim cumpriu-se a promessa de que muitos iriam morar na Cidade de Abraão. Mas, eis que o povo forte que vencera o deserto foi vencido religiosamente pelos cananeus, cuja cultura próxima daquela dos fenícios, onde era comum o culto pagão de imolar inocentes e fazerem rituais de fecundidade onde se praticava a orgia, e assim perdendo seu prumo, o povo de Israel passou a adoração do deus pagão dos cananeus: Baal.

Grupo de Oração Milícia de São Miguel

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