A Falta de Deus

Apesar de entender que a Igreja é Santa e Pecadora: Santa pela presença do seu fundador Jesus Cristo no seu seio, e amparada pelo amor pleno do Pai e a Sabedoria do Espírito Santo; e Pecadora por ter nos seus membros as pessoas humanas, que mesmo sendo criaturas de Deus são factíveis ao pecado e às falhas desses  mesmos seres.

Entretanto, campeia entre os viventes os chamados “ anjos do mal”, que a maneira do diabo que quis tentar o próprio Filho de Deus, utiliza-se de estruturas terrenas –  como no caso de uma Seita Pentecostal – a IURD – Igreja Universal do Reino de Deus. Para difundir os seus conceitos básicos, às vezes se ancoram no próprio Livro dos Livros (a Bíblia), com uma teologia calcada no "ter" e não no "ser".

Esta estrutura – máquina de fazer dinheiro (rádios, televisões, e os "cultos da prosperidade"), como o é a IURD,  se propagam pelo mundo afora, no afã de aquinhoar mais moedas das mais diversas marcas, e poder se considerar dentro da universalidade de seu título, sem contudo cumprir o “católico da afirmação de Cristo” – "Ide pelo mundo toda e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16,15), por que de certo se o Filho de Deus aqui estivesse os enxotaria, com toda ênfase, como os verdadeiros “vendilhões do templo” – “ a minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões. (Mt 21,13) ou ainda como está  patente na Parábola do  fariseu (Lc 18, 10-13):  Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”

Tudo isso se coloca não com o intuito de fugir ao ecumenismo pregado pela Igreja Católica pós-Vaticano II, mais numa tentativa de se colocar os verdadeiros cristãos, os católicos e os irmãos separados, que professem uma fé baseada numa teologia consistente e consentânea com os ensinamentos proferidos pelos profetas, evangelistas e o próprio Cristo Jesus, nas Escrituras Sagradas e ainda pelos sucedâneos dos discípulos e apóstolos da Igreja Primitiva – amparados na atual Igreja de Cristo rumo ao Reino de Deus, na expectativa da nova vinda do Cristo Salvador, nosso irmão e Redentor do Mundo.

O que falta, pois aos agenciadores, organizadores e edificadores dos ditames da Igreja Universal do Reino de Deus, é como o seu título sugere: Igreja – presença viva de Jesus; Universal – o espalhar da palavra por todos os recantos da terra; e o Reino de Deus – busca incessante de todos os homens na expectativa de um mundo novo pelo retorno de Jesus ao convívio dos homens.

(*) Eng. Civil / Prof. Universitário.

Membro da Pastoral da Liturgia

Paróquia sagrado Coração de Jesus – João Pessoa -PB

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