SEXO É PARA BRINCAR?

Na semana passada falei numa das causas maiores da decadência da família: a leviandade dos meios de comunicação, preocupados em ganhar mais dinheiro, à custa da educação do povo. As famílias ordeiras diminuem, aumentam os filhos abandonados pelos pais, (e até pelas mães!), criados pelos avós, tios, madrastas, padrastos, pelas babás, jardins de infância, ou abandonados nas ruas. Com isso diminuem os cidadãos ordeiros, trabalhadores honestos e aumentam os jovens infratores, os marginais, os que vivem de expedientes…É a decadência!
Como diminuir, até inverter essa tendência?
A meu ver uma das causas principais é a banalização do sexo. Em todos os povos, até pouco tempo atrás, o pudor, a modéstia no vestir, o casamento com moças virgens era um valor sagrado.
Hoje, quantas são as moças que casam virgens? Os rapazes que não brincaram de sexo antes de casar?  Quantos os maridos fieis?
Quem recomenda a castidade, a modéstia no vestir, exalta a virgindade, é até ridicularizado. Numa visita à França, grupos de jovens fizeram demonstração contra o Papa João Paulo II levando cartazes com escrito: “A Igreja quer a castidade dos namorados: Nós praticamos sexo!”
A situação atual da família é fruto de campanhas apresentadas com palavras ambíguas, como: “Libertação da mulher, direito da mulher de decidir”. Campanhas lideradas por mulheres “vedetes” dos meios de comunicação levianos, brilhantes no cinema, na dança, nos desfiles de moda, nos salões das vaidades… em tudo que dá aparência: menos nos valores autênticos de esposas fieis, boas mães, trabalhadoras honestas. Objetivo da campanha: ”Acabar com o pudor”.
 Mas o pudor é o regulador da tendência sexual. Mãe natureza nos deu duas forças, na aparência opostas, na realidade maravilhosas na complementaridade: a tendência sexual e o pudor; uma é o motor, a outra o freio. Uma arranca os jovens da família de origem e os lança na aventura do amor, do casamento, da paternidade/maternidade. A outra apela à prudência e responsabilidade. O pudor é como um anjo da guarda, avisando o homem, e com força maior a mulher, mais delicada e comprometida, que o sexo não é para brincar, porque um passo errado pode estragar a própria vida, ou do parceiro, ou dos filhos.
A campanha contra o pudor começou excitando as mulheres a acabar com a modéstia no vestir, reduzindo sempre mais a roupa. E com isso solicitando sempre mais a cobiça do homem. Foi luta contra a “segregação” dos sexos na escola, na vida pública, nos lazeres, aumentando a promiscuidade. E chegou ao “amor livre”, que virou para muitos: “sexo indisciplinado”.
Havia exageros de pudor no passado? Havia! Mas pulamos ao excesso oposto! Ao orgulho dos sem vergonha! O efeito é a multidão das mães solteiras, das viúvas de maridos sumidos, dos órfãos de pais vivos; ao alastramento das doenças sexuais.

Tudo por ter desprezado o equilíbrio das forças da natureza. Os antigos avisavam: “Quem despreza a natureza como madrasta, é tratado por ela como enteado”. Em todos os povos, de todas as idades, para todas as pessoas sadias, o ato de um homem e uma mulher juntar-se sexualmente foi considerado um ato, por assim dizer, sagrado, que comprometia a vida dos dois. Agora virou aventura leviana. È a banalização do sexo! O Estado mesmo, em lugar de frear a propaganda da leviandade, entrou na dança, distribuindo camisinhas até aos adolescentes. É como dizer-lhes: ”Vão, divirtam-se!”

Como sempre, a corda rebenta do lado mais fraco. É a mulher que perde! Eu sempre aviso as namoradas: “O namoro é tempo da mulher acostumar o namorado a dominar seu impulso sexual. Se, pelo contrário, o excita, amanhã, à primeira dificuldade, o homem ‘pulará a cerca’, e, depoise, abandonará o lar”. É a triste experiência! Não se brinca com o sagrado!

Padre Pio Milpacher
Congragação de Jesus Sacerdote
Osasco – SP

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