A inteligência emocional de Jesus

Inicialmente mister se faz dar ênfase a uma citação: “Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que  eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo.” Martin Luther King; a mensagem é muito oportuna, pois, talvez resida nela os grandes princípios da inteligência emocional de Jesus:a confiança e obediência a Deus!

 

 

 

Mas, o que é inteligência emocional? Hoje entendemos inteligência emocional como a capacidade de responder a situações de conflito e ainda, a capacidade de processar informações dentro de um conceito amplo em que as reações estejam baseadas na razoabilidade e no equilíbrio.Todavia, quando falamos em inteligência emocional de Jesus, temos que tomar o cuidado para não rotularmos Jesus e restringir tudo que Ele representa a um simples título. Neste contexto é certo que devemos refazer o conceito de inteligência emocional á partir de Jesus.

Observemos: “Suplicamo-vos, pois, em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. Aquele que não havia conhecido pecado, Deus O fez pecado por nós para que nos tornássemos n’Ele justiça de Deus” (2 Cor 5, 20-21). Certamente que a razoabilidade, o equilíbrio e a capacidade de resposta de Jesus encontram abrigo nos conceitos modernos, mostrando por uma vertente a atualidade das palavras de Jesus; mas, por outro lado; mostra a amplitude da inteligência emocional de Jesus, revelada em conceitos não percebidos pela grande maioria dos autores que se debruçam sobre o tema da inteligência emocional. Jesus foi humilde. Ser humilde significa: a palavra de origem no latim húmus quer dizer: terra e ilde significa pés: aquele que tem os pés no chão. Ter os pés no chão é ser verdadeiro! Ter os pés nos chão é ser obediente á Deus acima de tudo!ter os pés no chão é ter confiança no Pai!

Ao que nos parece, a humildade é um elemento forte da inteligência emocional. Aquele que vê as coisas como elas realmente são e dá importância na medida de sua existência certamente reage melhor a qualquer situação. Não precisamos ir muito longe para percebemos que a maior causa de descontrole emocional das pessoas esta na falta de limites para as coisas, na medida em que são iludidas se deixando levar por qualquer informação e aos poucos são devoradas pelos meios de comunicação de massa e se rendem aos valores de nossa sociedade que minam as pessoas fazendo com que  aos poucos percam a sua  identidade. Será que isso aconteceria se tivéssemos os pés no chão, se fossemos humilde.

Percebam a inteligência emocional de Jesus: aos fracos Ele encorajava e dava força mostrando que eram fortes! Aos fortes, mostrava o quanto eram vulneráveis e fracos. Aos pobres Ele fazia que vissem a sua própria riqueza e aos poderosos mostrava a inutilidade de suas fortunas. Isso é equilíbrio. Isso é inteligência emocional.

O que mais nos chama atenção é a capacidade de Jesus se comunicar com o outro e ainda, a forma como Ele criava no outro uma comunicação intra-pessoal. “ Não faça aos outros o que não queres que ti faças”. Por mais que o homem desenvolvesse formas de comunicação intra-pessoal e inter-pressoal; nenhuma é tão eficiente como os seus ensinamentos: não fazer ao outro o não quer para si mesmo é o mesmo que se transportar para o outro é o “eu” diante do próprio “eu”! não fazer para o outro é o mesmo que não fazer para si mesmo. Que sabedoria, que inteligência emocional! Diante dessa exposição fica evidente e fácil compreender como as bases da humildade são sólidas.

Uma das recentes descobertas de nosso século a PNL programação Neurolinguistica nos fornece inúmeras ferramentas que nos permite abrir canais de entendimento que dão acesso a uma infinidade de  respostas á situações conflitantes ou não, mas, que de alguma forma nos pede uma solução. Neste fio, lançando mão desta ciência de estudo do ser humano, urge saber: como fazemos para ter a inteligência emocional de Jesus! É realmente a pergunta é essa: como fazemos para ter a inteligência emocional de Jesus?

A resposta é unicamente do leitor, entretanto somente destacamos que por mais que venha perquirir você somente conseguirá ter compreensão coerente e na direção da inteligência emocional de Jesus se se colocar no lugar de Zaqueu. E ser Zaqueu não é somente subir no alto de uma árvore, é muito mais que isso. Primeiramente temos que ser humildes e nos reconhecer pequenos, não no sentido de inferiorizados, muito pelo contrário; mas, de quem se coloca na condição de alguém que tem os pés no chão é quer crescer. Na mesma linha, devemos subir na árvore, não como sinal de procura de engrandecimento, mas, numa postura de quem reconhece que é preciso mudar e a mudança nos coloca diante do novo; pois, assim, como Zaqueu nós também podemos ver Jesus!

Como o próprio Deus quis, Jesus se fez um de nós e vendo-o como modelo de homem é que iniciamos a abordagem do tema e a todo o momento tivemos esse foco. Mas nos inclinemos agora a ver as coisas na dimensão da divindade, assim sendo, existe mesmo uma inteligência emocional em Jesus? Deus na pessoa de Seu filho não é o princípio nem o fim; mas, Deus esta antes de  tudo, pois, Ele é quem estabelece a ordem das coisas. Assim, a inteligência emocional de Jesus; enquanto interpretação de suas atitudes é fato; mas, se visto pela real dimensão dos mistérios da trindade santa, Deus, com o Filho exprimindo toda a sua ciência através do seu amor no Espírito Santo nos mostra que acima da simples nominação da inteligência emocional de Jesus esta a sabedoria concedida pela Pai que é algo mais sublime e digno da grandeza de Jesus. E é somente através da oração que podemos perceber a sabedoria de Jesus e nos tornarmos,  não sábio com Ele, mas talvez como a sabedoria emocional que percebemos Nele.

Artigo publicado na revista MERCÊ, edição de abril/2009, ano 0616; pgs. 06 e 07
 

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