São Josemaria comunicava o gosto por Deus

Estas palavras pronunciou-as o Cardeal Joachim Meisner, Arcebispo de Colónia, quando abençoou a nova capela na Igreja paroquial de São Pantaleão em Colónia, dedicada a São Josemaria Escrivá.

São Josemaria é já sobejamente conhecido a nível mundial, mas gostaria de recordar duas datas muito próximas e com ele relacionadas: o próximo dia 2 de Outubro em que fundou o Opus Dei e o dia 6 de Outubro em que foi canonizado por João Paulo II, na Praça de S. Pedro, perante uma multidão de perto de 500.000 pessoas, de todas as línguas raças e nações, numa apoteose gigantesca, só devida à fama de santidade que granjeou, entre humilde e poderosos, ao longo dos seus 73 anos de vida. Josemaria Escrivá nasceu a 9 de Outubro de 1902 e morreu a 26 de Junho de 1975.

O Arcebispo de Colónia, na sua homilia da cerimónia da bênção e deposição das relíquias de São Josemaria no altar, disse: “Os teus altares, Senhor dos exércitos, são a minha casa” (cfr. Sl. 84, 4). Aqui podemos voltar de novo ao nosso carisma original, regressar àquilo que o Evangelho nos faz saborear”.

De facto São Josemaria foi um incansável pregador e escritor, dizendo com graça que “fazia jus ao seu nome” (Escrivá). O Fundador do Opus Dei, disse o Cardeal, pertence “às grandes figuras e testemunhas do Evangelho”, pois com as suas palavras escritas ou faladas transmitem às pessoas que delas se aproximam o gosto pelo Evangelho, o gosto por Deus. De facto sempre que se deslocava a qualquer lugar e fazia tertúlias com as pessoas, estas eram arrebatadas pelo poder persuasor da sua palavra; por outro lado o seu ar inspirava simpatia e levava, pelo exemplo, as almas para Deus.

A capela agora dedicada a São Josemaria, do estilo gótico, foi totalmente remodelada. O conselho paroquial já tinha resolvido em 2003 reformulá-la e para tal contratou o conhecido escultor Elmar Hillebrand e o seu filho Clemens que já tinha realizado as obras do altar do cruzeiro sob o coro alto, quando a igreja foi fortemente danificada durante a guerra, tendo este trabalho sido concluído em 1985.

Tem uma janela ricamente trabalhada do gótico tardio; os novos vitrais são de ónix de Bernstein; no centro sobressai uma cena da Sagrada Família na oficina de Nazaré, obra de Clemens Hillebrand.

A cena do vitral não podia ser melhor escolhida, não só porque a mensagem de São Josemaria aponta, para o valor santificador do trabalho profissional, manifestado no lema: “santificar o trabalho, santificar-se no trabalho, santificar os outros com o trabalho”, como também é modelo de todas as famílias numa época de crise para esta instituição e, sem querer pessimista, tudo aponta para que aumente a sua deterioração.

No lado norte da parede da capela encontra-se um baixo-relevo com a cabeça de São Josemaria dirigindo o seu olhar para o novo altar.

No altar, de mármore português, Elmar Hillebrand (pai) representou uma grinalda de flores com uma rosa ao meio. Esta representação tem relação com uma cena passada na vida de São Josemaria. Quando durante a Guerra Civil espanhola, fugia para a zona nacional, foi assaltado pela dúvida se seria ou não essa a vontade de Deus. Depois de uma noite de insónia toda dedicada a uma oração angustiosa, levantou-se antes dos outros companheiros e no meio de umas ruínas encontrou uma rosa de estuque. (cfr. Josemaria Escrivá – Fundador do Opus Dei, de Andrés Vásquez de Prada, no volume II). Viu nisso um sinal de Deus e a paz voltou à sua alma.

Nessa igreja paroquial, confiada pelo Arcebispo de Colónia ao padre Peter von Steinitz, do Opus Dei, desenvolve-se uma intensa actividade de formação pastoral: um horário de confissões muito alargado, recolecções frequentes, cuidado das pessoas idosas e doentes.

Cfr. www.josemariaescriva.info

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