Homossexualismo e Igreja Católica

Mais uma vez um escândalo de padre condenado por abuso com menores e mais uma vez um alerta da Igreja com a presença nos seminários de pessoas com tendências homossexuais… São notícias picantes. Basta que um padre no Maranhão caia nisto para que TV e jornais do Brasil inteiro notifiquem com todos os pormenores…

As estatísticas (aproximativas naturalmente, dado que é impossível conhecer todos os fatos) falam em mais de 10% de crianças que sofram abusos sexuais em família por parte de pais, irmãos, tios; em mais de 20% das moças que na universidade sofreram algum tipo de “propostas indecentes” por parte de professores; na profissão o assédio sexual de chefes a dependentes parece bastante freqüente… Todo mundo sabe que há também enfermeiros, médicos, psicólogos que abusam dos assistidos…  Existe a delegacia da mulher, o conselho tutelar dos menores. Mas nenhum jornal de repercussão nacional vai lá em busca de notícias, menos ainda a TV: são ocorrências policiais que são relatadas na página interna de um jornal local.
 
        Se acontecer com um padre, aí os jornais de repercussão nacional dão a notícia na primeira página e a TV conta os pormenores…  Isto dá motivo aos superficiais de concluir que há muitos padres corruptos. Mas os mais reflexivos tiram a conclusão oposta: “Se é notícia até de primeira página significa que é caso raro! Eu digo mais: confirma que o padre é homem comum, sujeito às tentações comuns; mas que sabe resistir a elas muito mais do que a média das pessoas de qualquer outra categoria!
 
        Agora, estes mesmos que fazem tanto estardalhaço pelas faltas de algum padre, insurgem indignados porque a Igreja católica não quer que sejam admitidos ao sacerdócio jovens que não sabem dominar a inclinação ao homossexualismo, e gritam: “A igreja os discrimina!”
 
        Ninguém diz isto se a lei não permite que alguém, fraco na vista, seja condutor de ônibus, que uma pessoa pequena de estatura e fraca seja policial. Aliás, em toda profissão há testes seletivos e são admitidos os melhores. Só a Igreja católica não pode ter critérios seletivos para uma função publica de tanta responsabilidade como o sacerdócio?
 
        Com estas normas ela não discrimina as pessoas, mas faz um serviço a elas mesmas! Procura abrir os olhos aos iludidos! Alguém tem tendências perigosas, e mostra de não sabe-las dominar com segurança; mas quer a todo custo ser padre porque não tem atrativo para o casamento, gostaria de presidir funções litúrgicas, falar em público, animar os cantos do povo. Não está consciente do perigo ao qual se expõe: cedo ou tarde, a tendência perversa o levará a dar escândalo ao povo, talvez a abusar de menores: será infeliz pelos conflitos de consciência, o medo de ser descoberto e até de cair nas mãos da justiça!
 
        Os educadores do seminário o conscientizam do perigo, tentam convence-lo a procurar um outro caminho, no qual será menos exposto a perigos deste tipo. Se ele se convencer e buscar uma profissão diferente, terá uma vida de menor conflitos interiores e com os outros. Se não se convencer, é afastado: pelo bem dele em primeiro lugar, e o bem da comunidade.
 
        Outros acusam a igreja de esconder os faltosos, em lugar de denunciá-los. Toda família e grupo procuram curar os próprios doentes e infratores. É uma questão de ética: “O doente vai curado; e, se houver roupa suja, se lava em casa!” A igreja, antes procura apurar bem os fatos (há muitas acusações levianas!) Se os fatos resultarem verdadeiros ajuda o infrator a se corrigir. Se não conseguir, o aconselha a voltar à vida leiga; no caso extremo o exclui do sacerdócio, para que não continue a dar escândalo e a complicar mais sua vida.

Existem instituições que agem com mais caridade, prudência e firmeza do que a Igreja

Pe. Pio Milpacher
Congregação de Jesus Sacerdote
Osasco – SP

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